Eu olho nos seus cabelos,
pesquiso os seus olhos,
minucioso, estudo seus lábios...
Pelo seu tronco resvalo,
contemplando embevecido,
fotografando pro sempre,
os seus seios, seus quadris,
seu ventre, suas pernas...
Confirmando que tudo em você
é mesmo símbolo do belo.
E aqui começo a questionar
se poderia mesmo o acaso,
através de um fenômeno químico
tê-la construído, assim,
tão incrivelmente perfeita !...
Avançado neste deleite visual,
embriagado de tanta beleza,
sobre você me inclino eletrizado,
cedendo aos intensos impulsos
de nosso inflamado desejo comum.
Ó deusa de todos os meus dias...
que delícia vivê-la concreta,
no calor deste trato carnal!
Antes que este instante se vá
digo-lhe, assim, já agonizante,
que você é o inexplicável
me fazendo apelar para o misticismo.
Que você é minha crença nascente
na existência de uma força suprema,
criadora e maestro regente
de todo o imenso universo
e dessa vida contagiante
que, generosa, pulsa na gente.
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