Eu não desisto de mim
nem de ti abro mão.
Reflito, me debato,
me conflito contigo...
eu não me abato.
A experiência nos diz
que enxergamos o exterior
quando luzes lançamos
ao universo interior.
Inspirado neste princípio,
perseverante prossigo
instalando pontos de luz
por toda a extensão de mim.
Enquanto isto,
assisto aqui fora,
uma tímida e turva aurora,
veloz assumindo a forma
de um belo dia de sol.
As coisas que me cercam
começam modestas
a exibir brilho próprio.
Logo tudo será luz.
Os brilhantes da vida
reluzirão imponentes
até mesmo nos pântanos.
E eu poderei conhecer
e até ajudar-te a ver
o melhor dos nossos corações.
Eu não desisto de mim
nem de ti abro mão.
Logo tudo será luz
e um do outro
não mais nos perderemos
nos labirintos sombrios
de nossas vidas confusas.